segunda-feira, 21 de março de 2011

Todos já viram o vídeo... mas será que ninguém tinha visto o bullying?

O que vamos estudar em 2011?

Olá pessoal!
Então, agora já estamos em algumas turmas chegando à quarta semana de aula, e o ano vai se delinhando aos poucos. Mas o que vamos estudar em artes em 2011?
A partir deste ano, estudaremos História da Arte, para consolidar nosso conhecimento sobre arte, para ampliar nossa percepção do mundo e também para se preparar para o ENEM, prova na qual há sempre preguntas sobre História da Arte.
A cada final de trimestre,faremos uma prova teórica sobre história da arte.
Também teremos Práticas de Arte, a cada ano priorizando algumas linguagens e técnicas.A cada mês teremos avaliações de trabalhos.
Para cada ano, a proposta é a seguinte:

História da Arte:
Períodos: Pré-história e Idade Antiga
Arte na Pré-História
Arte na Mesopotâmia
Arte no Egito
Arte em Creta e Grécia
Arte na América Latina Pré-colonial
Arte Indígena no Brasil
Arte em Roma
Arte Africana
Arte Bizantina
Arte Oriente Médio
Arte Oriental
Práticas artísticas: no 1° ano, trabalharemos com o desenho nas suas diversas linguagens e possibilidades. E como Picasso dizia, vamos fazer o que não "conseguimos fazer" para aprender o que não sabemos...("...profe, eu não sei desenhar...")


Pré-história, Idade Antiga e Idade Média
Arte na Pré-História
Arte na Mesopotâmia
Arte no Egito
Arte em Creta e Grécia
Arte na América Latina Pré-colonial
Arte Indígena no Brasil
Arte em Roma
Arte Africana
Arte Bizantina
Arte Oriente Médio
Arte Oriental
Arte Românica
Arte Gótica
ArteRenascimento

Nas práticas artísticas, teremos duas em especial: Pintura(Nanquim, aquarela, pintura acrílica, pintura mural) e escultura, na qual trabalharemos com o modelado em argila.
Já na metade do ensino Médio, é bom lembrar o que Auguste Rodin pensava, para ir construindo uma vida profissional na qual possam ter sucesso e se sintam bem fazendo o que gostam:
E o pessoal dos terceiros anos... a proposta é diferente. Sendo que todos farão o ENEM, e devem estar preparados para ter sucesso, devem conhecer toda a história da Arte. Assim, nossas aulass erão sempre teóricas, com a máxima quantidade de informação e imagens.
Anotem, usem o caderno... e será bem mais fácil!

Pré-história, Idade Antiga e Idade Média
Arte na Pré-História
Arte na Mesopotâmia
Arte no Egito
Arte em Creta e Grécia
Arte na América Latina Pré-colonial
Arte Indígena no Brasil
Arte em Roma
Arte Africana
Arte Bizantina
Arte Oriente Médio
Arte Oriental
Arte Românica
Arte Gótica
ArteRenascimento
Arte Colonial no Brasil
Neoclassicismo
Romantismo
Realismo
Muralismo mexicano
Impressionismo
Expressionismo
Fovismo
Cubismo
Dadaísmo e Abstracionismo
Futurismo e Pintura Metafisica
Surrealismo
Pop Art , Op Art
A escultura no campo expandido
Arte contemporânea, arte Urbana, novas linguagens
História da Arte no Brasil Séculos XIX e XX
História da Arte no RS

Teremos um ano bem repleto de atividades, novidades e estudo. Que, afinal, numa escola de qualidade, é isso o que se faz: estudar, aprender e evoluir. Todos, estudantes e professores.
Boa semana!
Professor Alejandro

Proxima postagem sobre História da Arte...

A arte da Pré-História

Salve pessoal!
Bem, a primeira postagem das aulas de história da arte está indo para o blog.
Espero que sirva de base para seus estudos!!!!
Boa Semana!!!!
Professor Alejandro
http://www.4shared.com/document/dAVK7FW2/A_arte_rupestre_2011.html

domingo, 20 de março de 2011

21 de março:Dia Mundial de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial

EXTRA                                                                                                          VEJA, Março de 1960
MASSACRE NA ÁFRICA!!!
Manifestação contra o apartheid acaba em carnificina em
Johanesburgo. Policiais dispararam contra multidão desarmada.

Resultado: 69 negros executados e um país em convulsão
Não é de hoje que o regime de segregação racial conhecido como apartheid vem conquistando lamentável lugar de destaque nas páginas do cada vez mais volumoso livro de calúnias da humanidade. Neste mês de março de 1960, porém, um novo capítulo nessa história de intolerância, discriminação e barbárie foi inscrita com o sangue dos negros pelas autoridades brancas da África do Sul. No último dia 21, um protesto pacífico contra as leis do passe, incentivado pelas lideranças do Congresso Pan-Africanista e reprimido com violência pela polícia em todo o país, causou uma verdadeira carnificina em Sharpeville, a 45 quilômetros de Johanesburgo. Em uma ação desproporcional e covarde, as centenas de manifestantes que se aglomeravam em frente à delegacia de polícia local tornaram-se alvos vivos dos soldados do comando sul-africano. Revólveres, rifles e submetralhadoras, sem aviso prévio ou justificativa, cuspiram fogo contra a multidão, assassinando 69 pessoas e ferindo quase 200 – a maioria baleada pelas costas, em uma tentativa desesperada de fuga.
A inescusável execução em massa provocou náusea na comunidade internacional e despertou a ira das lideranças negras na África do Sul – o temor de uma guerra civil já toma conta de membros do alto escalão do primeiro-ministro africâner Hendrik Verwoerd. Uma semana depois do chamado “Massacre de Sharpeville”, um dia nacional de luto, 28 de março, foi convocado pelos chefes negros. Os funerais das vítimas seriam acompanhados por um boicote do trabalho e novas manifestações contra o passe. Ainda que os líderes do movimento seguissem pregando a não-violência, a tensão latente acabou por registrar uma série de tumultos e pancadarias em diferentes pontos de Johanesburgo, Worcestor e Cidade do
Cabo. Em reação direta aos eventos, já se noticia uma corrida de cidadãos sul-africanos a consulados estrangeiros, em busca de vistos de emigração, bem como um aumento espantoso na venda de armamento aos brancos.
Na véspera dos funerais, para evitar novos conflitos, o governo da África do Sul havia anunciado a suspensão da obrigatoriedade do porte do passe pelos negros. Esperançoso com o que parecia um primeiro ato de conciliação por parte da administração de Verwoerd, o planeta foi logo devolvido à realidade obtusa do apartheid com a declaração oficial de estado de emergência em 30 de março. Sob tal auspício, as autoridades sul-africanas voltaram à carga com prisões em massa – o número, ainda não oficial, é de 18.000 detidos, incluindo o líder do Congresso Pan-Africanista, Robert Sobukwe, e a quase totalidade dos cabeças do movimento negro –, além da criminalização das entidades políticas dos nativos. Uma passada de olhos pela história revela que, atuando na clandestinidade, as oposições não demoram a deixar a resistência pacífica em favor da armada. No ambiente incendiário em que se encontra a África do Sul, parece questão de tempo.
Caderneta da infâmia - Na origem do protesto que geraria o extermínio na township (área urbana reservada aos negros) de Sharpeville está um dos maiores instrumentos de controle e segregação racial a serviço do governo: as leis do passe. Obrigados a carregar as infames cadernetas – que contêm foto, dados pessoais, número de série, registro profissional, pagamento de impostos e ficha criminal – e a mostrá-las às autoridades sempre que solicitadas, os negros não apenas têm sua liberdade de movimento cerceada, mas também são vítimas, a cada abordagem, de atos de humilhação. Caso o indivíduo não apresente o passe, é sumariamente detido. Existente desde a época dos escravos, em 1700, o conceito e a oficialização do passe – e, por tabela, sua oposição – ganhou força com a instauração do regime do apartheid, no ano de em 1948, com a chegada ao poder do Partido Nacional. Na última década, foram várias as manifestações contrárias às leis, notadamente a marcha das mulheres de agosto de 1956. Nenhuma delas, contudo, surtiu grande efeito prático.
No início de março, o Congresso Nacional Africano (CNA) programou, para o último dia do mês, uma nova manifestação anti-passe. Antecipando-se a ela, os membros do Congresso Pan-Africanista (CPA) – fundado no ano passado por dissidentes do CNA –, liderados pelo educador metodista Robert Sobukwe, marcaram seu protesto sobre o mesmo tema para o dia 21, dez dias antes, portanto, da movimentação da associação rival. A campanha, de acordo com a orientação de Sobukwe, deveria ser totalmente pacífica. Todos os africanos deveriam deixar seus passes em casa e, desarmados, comparecer às delegacias de polícia, entregando-se aos oficiais para serem presos.
Os líderes do CPA acreditavam que a detenção massiva de negros resultaria numa pane do sistema: não apenas as prisões ficariam superlotadas, mas também a economia seria bruscamente afetada, com boa parte da força de trabalho no cárcere.

No dia 21 de março, a adesão à chamada de Sobukwe foi maciça, tendo sido observada com sucesso em diversas townships pelo país. Em Sharpeville, uma multidão calculada entre 5.000 e 7.000 pessoas colocou-se defronte ao distrito policial, para aflição do efetivo local de vinte soldados. O pedido de reforços foi imediatamente atendido, com 130 homens, escoltados por quatro tanques Saracen, adentrando o recinto – todo cercado por arame farpado. Vôos rasantes de jatos Sabre e monomotores Harvard buscaram, sem sucesso, dispersar a multidão. Por volta das 13 horas, de acordo com relatos de testemunhas, a tentativa da polícia de deter um negro causou uma pequena confusão perto do portão de entrada da delegacia, e algumas pedras foram atiradas contra os tanques da polícia. O comandante da polícia, G. D. Pienaar, teria então ordenado seus homens a carregar os revólveres, rifles e submetralhadoras. E então, sem que a multidão tenha recebido qualquer aviso ou determinação para recuar, os policiais começam a disparar suas armas. Completamente desprevenidos, os negros bateram em retirada, desesperados. Os projéteis seguiam em sua direção, alvejando os retardatários pelas costas. Pouco mais de dois minutos depois, Sharpeville encerrava seu cenário de apocalipse. Dúzias e dúzias de mortos e feridos jaziam nas cercanias.
O comandante Pienaar, com doentia tranqüilidade, explicou a ação. “Meu carro foi atingido por uma pedra. Se eles fazem isso, precisam aprender a lição da forma mais dura.” O primeiro-ministro Verwoerd também forneceu seu aval à matança, dizendo que os manifestantes em Sharpeville “atiraram primeiro” – apesar de não terem sido encontradas armas com os manifestantes ou deixadas por eles. Presente no local, o britânico Ian Berry, fotógrafo da revista Drum, rebateu as alegações oficiais de legítima defesa. “Os policiais não estavam em perigo. Presumo que eles tenham atirado com o intuito de dar à multidão, e a toda África negra, por conseqüência, uma terrível lição.”
Comparação lisonjeira - Do resto da África ao Vaticano, o mundo civilizado repudiou com igual fervor não apenas a chacina, mas também a naturalidade com que o governo da África do Sul a encarou. William Tubman, presidente da Libéria, definiu o massacre de Sharpeville como “a mais vil, cruel e inadmissível ação na história humana.” O departamento de Estado americano classificou a violência dos policiais de Verwoed como “deplorável”, e lamentou as perdas trágicas da comunidade africana. O jornal L’Osservatore Romano, órgão de imprensa oficial do Vaticano, questionou o motivo pelo qual a polícia da África do Sul não empregou “técnicas modernas de dispersão como mangueiras de água e gás lacrimogêneo, que são usados em todos os países civilizados, ao invés de massacrar homens, mulheres e crianças indiscriminadamente”.              
Pouco antes do fechamento desta edição, no dia 1º de abril, uma reunião extraordinária do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas abordou o assunto e deu origem à resolução 134 do órgão. O documento responsabiliza o governo da África do Sul pela ação e urge que a administração abandone a política do apartheid, que coloca em perigo a paz e a segurança internacionais. O primeiro-ministro Verwoerd, porém, outra vez deu de ombros. “As críticas vêm apenas dos agitadores do mundo político. As pessoas de bem estão em sua maioria quietas.” Se o chefe de estado não estivesse tão absorto em sua insanidade, veria que não é bem assim – os apupos desta vez vêm também do próprio quintal. A imprensa branca africâner, sempre nacionalista, já vinha pedindo moderação ao líder – não à toa, o Johannesburg Vaderland já sugeria, no dia anterior ao massacre, “um sistema mais simples e menos doloroso de passes”.
O Johannesburg Star, de língua inglesa, atacou Verwoerd após o derramamento de sangue. “É patética a fé do governo em metralhadoras para resolver problemas humanos básicos.” O bispo anglicano de Johanesburgo apelou “a todos aqueles que têm sentimentos humanos na África do Sul para combater as táticas policiais.” No entanto, o mais simbólico, contundente e representativo protesto contra a administração federal veio por cortesia de uma manifestação de mais de 500 estudantes brancos da Universidade de Natal, em Durban. Os jovens mandaram confeccionar cartazes nos quais, em menos de 30 caracteres e com uma lapidar frase sem verbo, resumiam a indignação de um planeta: “Hitler 1939, Verwoerd 1960”. Nada mais precisa ser dito. Mas algo precisa ser feito para que se evite, duas décadas depois, a repetição de tal aberração.


Violência feminina na escola: aonde queremos chegar?



Sei que a ideia deste Blog é trabalhar com as questões da arte, e parece ser que este assunto se restringiria as aulas...Mas há mais do que isso, para aqueles que trabalhamos com artes e educação.
Afinal, de que adianta fala de El Grecco ou da arte paleolítica, se não olhamos para fora desses assuntos académicos e sentamos a conversar e ver o que passa entre os estudantes?
Nesta semana, três fatos me deixaram incomodado, preocupado, entristecido.
No primeiro, um grupo de meninas-adolescentes, da 5ª série de uma das escolas que trabalho tiveram um "ataque coletivo" de grosseria e durante dois períodos fizeram questão de ser o tema central de minha aula, em detrimento dos outros alunos da mesma turma, que, cabisbaixos, se limitaram a ouvir as reclamações e as cobranças daqueles que estamos ali para ajudá-los a tecer um futuro diferente.
Meninas-adolescente, pois a maioria já abandonou os inocentes campos da infância para brincar com sua aparência de adolescentes, mas reagem e se comportam como crianças grandes. Nada seria tão trágico se junto a sua revolta injustificada não se juntasse um nível de baixaria verbal, de palavrões, de agressões e ameaças. Conheço as ruas, e olha, nem nos lugares menos recomendados a quem teme a crueza das vida noturna escutei tantos palavrões.
Noutro dia da mesma semana, duas adolescentes "mais velhas" de outra escola se engalfinharam no primeiro período de aula do dia, e brigaram corredor afora, deixando um colchão de cabelos pelo piso das salas e corredores, ao ponto tal de que no livro de atas da escola estão colados, com fita durex, duas mechas de cabelo como prova da "batalha" ali travada.
Em outra turma, outras meninas-adolescentes, de quase a mesma idade, me mostraram orgulhosas sua "obra de arte": tatuagens feitas nos pulsos com a lâmina do apontador, que espertamente tiravam com a frágil tesourinha de ponta arredondada. No braço, seus nomes tatuados como o faziam os marujos ou os presidiários...Nada de delicadas imagens, nada de "tribais" nas costas, nada de fadas ou borboletas: seu nome cru, com letras retangulares.
Fiquei pensando por que isso, de onde vem isso, quem lhe disse que essa atitude era a "certa", que elas sabem não ser a correta? O que ganham com isso? Aonde querem chegar?
A resposta é simples: a nenhum lugar. Querem congelar-se no tempo e no espaço, e afirmar que esse é seu máximo passo aonde podem chegar: a sala de aula de uma escola pública.
Se comportando como "homens", ou seja, o estereótipo de homem que elas reconhecem como tal, insultam, brigam, ameaçam, são obscenas, são quase "perigosas"...
O que consideramos "temas" que originam essas situações, não são a "revolta" com a escola, ou a "briga" por namorados: há um latente chamado de atenção à sociedade. Essas meninas-adolescentes não visualizam seu futuro, não podem ter sonhos, não conseguem pensar além daquilo que hoje são.
Num país em que a mulher começa a galgar seu reconhecido espaço, onde temos uma presidente mulher, onde já tivemos governadora e prefeita mulheres, onde a maioria das vagas da Universidade são ocupadas por mulheres, estas meninas-adolescentes ainda vagam num limbo que lhes nega o futuro.
As meninas-adolescentes são capazes de agredir, de insultar, de discutir, de discriminar, de bater, de brigar, de atirar objetos, de ter rancor e ranço. Mas são incapazes de sonhar.

E então, querendo ser as "Meninas Super Poderosas", se tornam verdadeiras vítimas da própria violência da qual elas fazem parte.
A meus colegas professores, um alerta: vamos pensar e falar sobre isto.
A meus alunos e em especial as gurias: vamos mudar isto!!! Nada de "lição de moral": nada é mais "poderoso" do que um sonho que torna realidade. Então, vamos sonhar coisas diferentes?
 Boa semana!!!