Inscrições para Enem começam no dia 23 de maio
Exame será em 22 e 23 de outubro este ano. Em 2012, haverá duas edições
A presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Malvina Tuttman, anunciou nesta quarta-feira as datas do próximo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). As provas que garantem vagas em instituições públicas de ensino superior ocorrerão nos dias 22 e 23 de outubro. Malvina também detalhou regras do edital do exame, que será publicado nesta quinta-feira no Diário Oficial da União. A expectativa do Inep para 2011 é de que 6 milhões de estudantes façam a prova em 1549 municípios.
Os candidatos interessados deverão se inscrever a partir das 10h do dia 23 de maio até o dia 10 de junho, pelo site do Enem. O valor de inscrição é de R$ 35. A partir de 2012, o Enem terá duas edições. A primeira prova será nos dias 28 e 29 de abril. A segunda ainda não tem data marcada, mas possivelmente será em novembro, após as eleições, segundo Malvina.
O edital trará uma recomendação para que os aplicadores permitam que os estudantes confiram os cadernos de prova antes do início da prova. No ano passado, 33 mil provas foram impressas com erro de ordenação. A maioria dos candidatos que recebeu os cadernos com erro teria percebido e recebido um caderno substituto, mas calcula-se que 2 mil provas tenham sido preenchidas com erro. Não há nenhuma medida de segurança adicional em relação a gráfica, que será a mesma que realizou o trabalho no ano passado.
Logística e segurança
Questionada sobre os problemas do Enem nos anos anteriores, a presidente afirmou que não pode “garantir que não haverá erros” e que, apesar deles, o Enem foi bem sucedido. “Tivemos fragilidades, mas o Enem deu certo. Se não desse certo não teríamos tido quase 5 milhões de participantes”.
Neste ano, novas medidas de segurança serão tomadas. Os estudantes terão que colocar seus aparelhos celulares em envelopes lacrados antes de entrar na sala de aula. Na última prova, alguns alunos passaram mensagens pelo Twitter durante o exame, e um repórter do Jornal do Comércio que se inscreveu para a prova vazou o tema da redação durante a realização da prova. O uso de lápis e borracha, já não permitido no ano passado, segue proibido pelo edital. Alunos não poderão entrar com relógio nas provas, mas será colocado um marcador de tempo em todas as salas do exame.
“Por conta de respeito dos participantes que têm seriedade, temos que coibir o uso desses materiais cotidianos que podem ajudar os que têm intenção de fraudar”, diz a presidenta.
Inmetro fará controle de qualidade
O reforço na segurança passa também por uma parceria com o Inmetro. O Inep contratou a empresa Módulo, do Inmetro, que mede a segurança das eleições e fará também o controle de qualidade de todas as etapas do exame. O serviço dessa empresa custará 5,6 milhões. Além disso, um grupo de servidores do Inep foi destacado para participar de uma Unidade de Operações de Logística. “A função desse grupo é cuidar dos atores operacionais, ou seja, da gráfica, dos Correios, responsáveis pela distribuição, e dos aplicadores”, explica.
Revisão de provas
O edital do exame não prevê que os alunos possam pedir revisão de suas notas, mas o Inep ainda discute a questão com o Ministério Público. Segundo Malvina, o pedido de vistas poderia restringir o uso do exame como porta de entrada em universidades públicas. “Se tivermos um tempo reduzido para atender possíveis recursos, não poderemos oferecer resultados para essas instituições de ensino”, afirma. Em 2010, a correção da redação também foi alvo de polêmicas. Quem teve nota “zero” não se conformou com as explicações dadas pelo Ministério da Educação e houve ações na justiça pedindo que os candidatos acessem as imagens das redações. Este ano, é possível que um terceiro avaliador seja incluído na leitura das redações ou que se crie mecanismos de recurso coletivo para alunos que tiverem reclamações semelhantes.
Universidades elaboram questões a partir de 2012
A partir de 2012, as questões que integram o banco de perguntas do Enem serão elaboradas por professores de universidades federais, além dos especialistas do Inep. O Instituto fez uma chamada pública para os interessados em ajudar na elaboração e 59 universidades responderam.
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